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TPM: saiba como aliviar o desconforto e quando procurar ajuda

Os sintomas da TPM atingem 80% das mulheres em idade reprodutiva, mas exigem atenção quando se apresentam de forma intensa e duradoura

TPM: saiba como aliviar o desconforto e quando procurar ajuda
TPM: saiba como aliviar o desconforto e quando procurar ajuda - Foto: Shutterstock

Irritabilidade, ansiedade, agitação, raiva, insônia, dificuldade de concentração, letargia, depressão e fadiga intensa. Todos esses são sintomas da TPM, ou tensão pré-menstrual, condição que atinge 8 em cada 10 mulheres durante a idade reprodutiva.

Mesmo que o número de mulheres que passam por esse desconforto seja tão alto, a TPM ainda é negligenciada por quem sente e por quem convive com essas pessoas, aponta a obstetriz especialista em saúde íntima e CEO da Inciclo, Mariana Betioli.

“Na verdade, isso é uma coisa natural do nosso ciclo, que pode ser patológica ou não. A mulher é cíclica e cada fase do ciclo tem algumas características que influenciam nas emoções, na disposição, na energia”, conta a obstetriz.

Diferentes fases do ciclo

A especialista explica que a primeira fase do ciclo se caracteriza pelo aumento de energia. “A mulher tem mais energia, mais disposição, uma libido aumentada, justamente por conta da ovulação que está por vir”, detalha. Segundo ela, essa fase vai desde a menstruação até o dia da ovulação. 

Na segunda fase, porém, há uma mudança hormonal muito grande, que pode acarretar alguns sintomas. “Então, emocionalmente a mulher pode ficar mais irritada e mais chorosa. Esses sintomas se agravam mais quando ela não percebe ou não pode atender aquilo que o corpo está pedindo”, diz a profissional. 

Nessa segunda fase, como é um momento de baixa energia, é comum a mulher ter uma vontade maior de se isolar. Além disso, o sintoma físico muito comum nessa fase é a constipação. “Algumas mulheres também ficam com seios muito sensíveis, a barriguinha mais inchada, têm mais gases, isso tudo é normal. Esses sintomas aparecem normalmente por volta de sete dias antes da menstruação, é a famosa TPM”, aponta a profissional.

Quando a TPM é mais intensa do que o normal

Se esses sintomas ultrapassam 10 dias, a indicação da obstetriz é procurar um médico para investigar. Isso porque quando os sintomas permanecem por muito tempo podem indicar alguma outra causa que não seja uma simples TPM. 

“Se essa irritabilidade está muito exagerada ou a tristeza está muito profunda, isso pode ir além da TPM, pode caracterizar um quadro de TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual), que é uma doença e precisa de tratamento”, alerta a especialista.  

Mariana destaca que as mulheres têm o hábito por conta da nossa cultura de negligenciar os sintomas que sentem. “Então às vezes muitas dessas TDPMs não têm diagnóstico, porque todo mundo acha que ficar irritada é normal, que ficar chorosa é normal, que ficar triste é normal”, diz. 

De fato, a fase é considerada normal quando existe uma mudança muito sutil no comportamento da mulher. “Não pode ser uma mudança muito brusca, têm mulheres que ficam realmente bem deprimidas, muito ansiosas e muito sem paciência nessa fase, mas fora daquilo que a gente entende como normal. Portanto, precisa de avaliação médica. Pode ser endocrinologista, ginecologista ou mesmo psiquiatra”, destaca Mariana.

O que fazer para melhorar a TPM?  

Segundo a especialista, há algumas iniciativas ao longo do ciclo para diminuir as chances de ter esses sintomas muito agravados. Além disso, outras atitudes durante a própria fase que se está enfrentando também podem ajudar. 

“Dieta, exercício e alimentação adequada é sempre uma boa pedida. O equilíbrio vai ajudar para que a mulher não tenha sintomas muito fortes. E, durante aquela semaninha de TPM, quando dá muita vontade de comer doces, carboidratos, massas, tentar manter o equilíbrio. É claro que a mulher deve se permitir e respeitar seu corpo e suas vontades, mas deve entender que o consumo exagerado desse tipo de alimento vai agravar os sintomas”, comenta a especialista. 

No caso do exercício físico, como durante TPM a mulher tem menos disposição e menos energia, pode tender a parar de se exercitar. Porém, parar totalmente com a atividade física também não é uma boa pedida, segundo a especialista. “Fazer atividades de baixo impacto como uma caminhada, alongamento, yoga, podem ajudar a melhorar os sintomas de depressão, de tristeza, de ansiedade, além de também ajudar no sono e na disposição”, destaca a profissional.

Orgasmos ajudam a aliviar a TPM

Orgasmos durante o período também são uma boa opção. A especialista em sexualidade Isabela Cerqueira, que também é CEO da Good Vibres, conta que o prazer pode trazer benefícios. 

“Durante o orgasmo o corpo produz endorfinas que dão a sensação de bem-estar. Estamos muito acostumados com o clássico chocolate ou até mesmo atividade física nessa época, mas pouco se fala, acredito que muito por conta do tabu que gira em torno do assunto, sobre como o orgasmo pode ser um aliado no alívio das dores e sintomas da tpm”, comenta. 

A especialista lembra que não é preciso de companhia para atingir o orgasmo. “Há diversas opções para se chegar ao orgasmo, desde a masturbação, até o uso de acessórios que podem ajudar a chegar no ápice. Como durante a TPM algumas mulheres preferem ficar sozinhas, sem tanta interação, o auto prazer é uma ótima solução”, diz a especialista. 

Nesse sentido, os vibradores são ótimos aliados, principalmente os que só estimulam a região externa do clitóris, como os sugadores ou bullets, que não possuem penetração e podem ser mais confortáveis para o uso nessa época. Ter um date com você mesma, focar no autocuidado e, claro, no prazer, traz diversos benefícios tanto físicos como emocionais”, conclui.

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