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Aneurisma: dor de cabeça é um sinal de alerta; entenda

Aneurisma costuma não apresentar sintomas até romper, mas é possível sentir algumas alterações com a pressão de tecidos e nervos do cérebro

Aneurisma: dor de cabeça é um sinal de alerta
Aneurisma: dor de cabeça é um sinal de alerta / Foto: Shutterstock

O aneurisma cerebral é um ponto fraco ou fino em uma artéria do cérebro que se dilata ou se enche de sangue. O aneurisma protuberante pode pressionar os nervos ou o tecido cerebral. Também pode estourar ou romper, derramando sangue no tecido e causando hemorragia.

“Um aneurisma rompido pode causar sérios problemas de saúde, como um AVC hemorrágico, danos cerebrais, coma e até a morte”, alerta o neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Wanderley Cerqueira de Lima.

Conforme Wanderley, alguns aneurismas cerebrais, principalmente os pequenos, não sangram nem causam outros problemas. No entanto, todos os aneurismas têm o potencial de se romper e causar sangramento no cérebro ou na área circundante. “Eles podem ocorrer em qualquer parte do órgão, mas a maioria se forma nas principais artérias ao longo da base do crânio”, esclarece.

Fatores de risco

De acordo com o especialista, os aneurismas podem atingir qualquer pessoa e em qualquer idade, mas são mais comuns em adultos entre 30 e 60 anos. A condição também acomete mais as mulheres do que os homens. 

Pessoas com certos distúrbios hereditários também têm maior risco. O Dr. Wanderley cita os principais fatores de risco:

  • Distúrbios genéticos do tecido conjuntivo que enfraquecem as paredes das artérias;
  • Doença renal policística (na qual numerosos cistos se formam nos rins);
  • Malformações arteriovenosas (emaranhados de artérias e veias no cérebro que interrompem o fluxo sanguíneo);
  • Histórico de aneurisma em um familiar de primeiro grau (filho, irmão ou pai).

Há também outros fatores que se desenvolvem ao longo do tempo, como aponta o neurocirurgião. São eles: pressão alta não tratada, tabagismo e idade superior a 40 anos. Além disso, o abuso de drogas também é um fator de risco, especialmente cocaína ou anfetaminas, que aumentam a pressão arterial a níveis perigosos. “O abuso de drogas intravenosas é uma causa de aneurismas micóticos infecciosos”, acrescenta o profissional.

Dentre os fatores de risco menos comuns, o Dr. Wanderley cita a ocorrência de traumas na cabeça, tumor cerebral e infecção na parede arterial (o aneurisma micótico). O médico explica ainda que nem todos os aneurismas chegam a romper. No entanto, alguns fatores podem contribuir para a ruptura, como o tamanho, a localização e o crescimento do aneurisma. Além disso, as condições médicas podem influenciar a ruptura.

Sinais de alerta do aneurisma

O neurocirurgião reforça que a maioria dos aneurismas cerebrais não apresentam sintomas até que se tornem muito grandes, ou se rompam. Um aneurisma maior que está crescendo constantemente pode pressionar tecidos e nervos causando:

  • Dor acima e atrás do olho;
  • Dormência;
  • Fraqueza;
  • Paralisia de um lado do rosto;
  • Uma das pupilas dilatadas;
  • Alterações de visão ou visão dupla.

Já no caso do aneurisma rompido, o paciente sempre enfrenta uma dor de cabeça repentina e extremamente forte, geralmente encarada como a pior dor de cabeça da vida. Além disso, o indivíduo pode apresentar:

  • Visão dupla;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Torcicolo;
  • Sensibilidade à luz;
  • Convulsões;
  • Perda de consciência (o que pode acontecer brevemente ou de forma prolongada);
  • Parada cardíaca.

“Se o paciente sentir uma dor de cabeça repentina e intensa, especialmente quando combinada com outros sintomas, tem que procurar atendimento médico imediato”, destaca o neurocirurgião. 

Isso porque um aneurisma com vazamento pode causar uma forte cefaleia, chamada de dor de cabeça sentinela (por conta do sangramento sentinela). Nesses casos, uma pequena quantidade de sangue vaza para o cérebro, o que geralmente antecede uma grande ruptura.

“O tratamento do aneurisma varia de acordo com o tipo e estágio da doença. Ele pode ser feito com medicamentos, como anticoagulantes, ou cirurgias”, finaliza o médico. 

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