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Ansiedade: de onde ela vem e como curar o problema? Psicanalista explica

De acordo com psicanalista, para lidar com a ansiedade é preciso chegar à raiz do problema. Saiba quais as particularidades do transtorno

Ansiedade: de onde ela vem e como curar o problema? Psicanalista explica
Ansiedade: de onde ela vem e como curar o problema? Psicanalista explica - Foto: Shutterstock

Segundo o último grande mapeamento global de transtornos mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil possui a população com a maior prevalência de ansiedade do mundo. Isso quer dizer que o nosso país é o mais ansioso do planeta – título que não é motivo de orgulho ou comemoração.

Afinal, liderar este ranking é um reflexo de que o Brasil, assim como outros países, ainda precisa valorizar e acolher a saúde mental da população, destaca a psicanalista Dra. Andrea Ladislau. 

Ela explica que a ansiedade surge de um conflito mental e tem uma base biológica. Ou seja, já nascemos propensos à ansiedade, que seria uma capacidade de reagir aos perigos que poriam em risco a nossa sobrevivência.

“Portanto, a ansiedade é um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim aconteça. Enquanto o medo tem um objeto definido, a ansiedade é uma emoção difusa, voltada para o futuro. No estado de ansiedade a mente cria vários pensamentos negativos e fantasia diversas cenas temidas”, explica a profissional.

A percepção dos sintomas ansiosos nos levam a mais medos, destaca Andrea. É o caso, por exemplo, de ter receio de infartar, enlouquecer ou morrer. Além disso, surgem outros pensamentos e imagens catastróficas, reforçando as crenças negativas e retroalimentando o ciclo da ansiedade. 

Conforme a psicanalista, os principais Transtornos de Ansiedade são:

  • Síndrome do Pânico;
  • Fobia Específica;
  • Fobia Social;
  • Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT);
  • Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC);
  • Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

É possível controlar a ansiedade? Como?

Para evitar o aumento dos casos de ansiedade ou diminuir os impactos desta na saúde de um indivíduo, é preciso conhecer o ciclo vicioso que faz com que ela aumente com o tempo. “Conhecendo o ciclo vicioso da ansiedade fica fácil entender que ela só tem ‘cura’ quando o tratamento vai na sua raiz, mudando assim a percepção do funcionamento dos gatilhos que desencadeiam os ciclos”, enfatiza Andrea.

Um exemplo pode ajudar a ilustrar o problema. Portanto, imagine a seguinte situação: você precisa apresentar um trabalho importante, contudo está se sentindo um pouco ansioso e pede para adiar a data da apresentação. Sua ansiedade diminui e isso provoca uma sensação de alívio temporário.

“Porém, aqui se inicia um ciclo, pois quando alguma coisa está desencadeando o medo, evitá-la traz uma sensação boa e porque traz uma sensação boa, está reforçando a ansiedade. Portanto evitá-la só vai aumentar sua ansiedade e você ficará refém dela”, explica a psicanalista. 

Esse ciclo também pode trazer alterações físicas, visto que o corpo reage da mesma maneira para a imaginação ou a realidade. Então, ao sentir-se ameaçado e em perigo, o organismo aciona o mecanismo de luta ou fuga, disparando hormônios que levam aos sintomas ansiosos, última etapa do ciclo vicioso da ansiedade.

É preciso ter controle da situação

“Ganhar o título de país com o maior número de ansiosos do mundo dispara o alerta de que precisamos compreender e identificar as causas e os sintomas deste que é um dos diagnósticos mais recorrentes da atualidade”, reforça a Dra. Andrea Ladislau.

Segundo ela, informação e acolhimento são fundamentais para mudar esse cenário e propor o tratamento psicológico adequado, pois dentro de um quadro clínico de ansiedade a pessoa não vê com clareza quais fatores desencadeiam as crises. 

Isso ocorre principalmente porque a raiz do problema pode estar em diversos pontos, como uma frustração, conflitos pessoais internos, alguma crença, entre muitos outros. “Porém, seja qual for a causa, é preciso aprender a lidar com o que foge ao nosso controle e também desacelerar os processos internos para promover o equilíbrio físico e mental”, pontua Andrea.

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