Hoje é o Dia Mundial do Câncer de Ovário (08/05), data que é uma oportunidade para refletir sobre os avanços e desafios enfrentados no combate à doença. O tumor afeta milhões de mulheres em todo o mundo e é uma das formas mais letais de câncer ginecológico.
Sintomas e importância do diagnóstico precoce
Isso se deve ao fato de que, muitas, vezes o câncer de ovário é diagnosticado em estágios avançados devido à falta de sintomas específicos nos estágios iniciais. De acordo com o médico Dr. Vital Fernandes Araújo, os sinais de alerta podem variar, mas geralmente incluem:
- Dor abdominal persistente;
- Inchaço abdominal;
- Mudanças no padrão urinário;
- Fadiga persistente;
- Perda de peso inexplicável;
- Dor durante a relação sexual.
“O diagnóstico precoce é imprescindível para melhorar as taxas de sobrevivência e qualidade de vida das pacientes, mas é desafiador devido à falta de testes de triagem eficazes”, afirma o Dr. Vital.
Vital destaca que no campo da pesquisa, há uma busca constante por novas estratégias de detecção precoce e tratamento mais eficazes. “Testes genéticos, como o teste BRCA, por exemplo, desempenham um papel importante na identificação de mulheres com maior risco de desenvolver câncer de ovário”, aponta.
Além disso, terapias direcionadas, como inibidores de PARP, estão oferecendo novas esperanças para pacientes com câncer de ovário recorrente ou resistente ao tratamento convencional, acrescenta o especialista.
Tratamento e prevenção do câncer de ovário
O médico explica que o tratamento geralmente envolve uma combinação de cirurgia, quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia. “A cirurgia é frequentemente o primeiro passo e pode envolver a remoção do útero, ovários, trompas de falópio e tecido circundante afetado”, pondera.
Ele ainda esclarece que mulheres mulheres com histórico familiar de câncer de ovário ou mutações genéticas hereditárias, como as mutações BRCA1 e BRCA2, podem se beneficiar da consulta com um geneticista e considerar opções de prevenção, como a remoção preventiva dos ovários e trompas de falópio.
“Estilo de vida saudável, incluindo uma dieta balanceada e exercícios regulares, também pode reduzir o risco de desenvolver câncer de ovário”, finaliza.