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Combate ao câncer: novo estudo reforça risco dos ultraprocessados

Cada vez mais estudos científicos provam a relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o desenvolvimento de câncer

Combate ao câncer: novo estudo reforça risco dos ultraprocessados
Combate ao câncer: novo estudo reforça risco dos ultraprocessados - Foto: Shutterstock

Hoje é Dia Nacional do Combate ao Câncer (27/11). A data foi instituída em 1988 com o objetivo de ampliar o conhecimento da população brasileira sobre a doença, principalmente sobre a sua prevenção. Aliás, diversos estudos já mostraram que a alimentação é um fator preponderante para evitar uma neoplasia.

Uma pesquisa publicada na última terça-feira (21) na revista European Journal of Nutrition, por exemplo, mostrou que  ingerir uma determinada quantidade de alimentos ultraprocessados aumenta o risco de desenvolver câncer do trato digestivo superior, como câncer de boca, garganta e esôfago.

Os pesquisadores analisaram dados de dieta e estilo de vida de 450.111 adultos que participavam da Investigação Prospectiva Europeia sobre o Câncer e a Nutrição, ou EPIC. As informações incluíam questões sobre o consumo de alimentos ultraprocessados.

Impacto dos ultraprocessados na saúde

De acordo com o estudo, pessoas que consumiram 10% mais alimentos ultraprocessados do que outras pessoas no estudo tiveram um risco 23% maior de câncer de cabeça e pescoço. Além disso, apresentaram um risco 24% maior de adenocarcinoma de esôfago, um tipo de câncer que cresce nas glândulas que revestem o interior dos órgãos.

“Este estudo se soma a um conjunto crescente de evidências que sugerem uma ligação entre alimentos ultraprocessados (UPFs, na sigla em inglês) e o risco de câncer”, disse a Dra. Helen Croker, diretora assistente de pesquisa e política do Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer Internacional, que financiou a pesquisa.

No entanto, segundo a coautora do estudo, Dra. Ingre Huybrechts, epidemiologista nutricional do Departamento de Nutrição e Metabolismo da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, serão necessárias muito mais pesquisas e coleta de dados para entender a ligação encontrada pelo novo relatório.

Alimentos ultraprocessados – como refrigerantes, salgadinhos, nuggets, sopas embaladas, sorvetes e muito mais – contêm ingredientes “nunca ou raramente utilizados em cozinhas, ou classes de aditivos cuja função é tornar o produto final palatável ou mais atraente”, segundo o Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas.

A lista de aditivos inclui:

  • Conservantes para resistir a mofo e bactérias;
  • Emulsificantes para evitar a separação de ingredientes incompatíveis;
  • Corantes e corantes artificiais;
  • Agentes antiespumantes, de volume, branqueadores, gelificantes e de revestimento;
  • Adição ou alteração de açúcar, sal e gorduras para tornar os alimentos mais atraentes.

Estudo anterior

No início do ano, um estudo do Imperial College London, no Reino Unido, concluiu que alimentos processados, refeições prontas e pão branco, por exemplo, podem aumentar o risco de desenvolvimento de um câncer em até 30%. Mesmo que a pessoa tenha o peso ideal para o seu biotipo, a pesquisa alerta que o hábito alimentar aumenta a chance de um tumor cerebral, dentre outros problemas.

O estudo comparou as dietas de pessoas de meia idade com os registros de saúde delas. A cada 10% de aumento nas calorias consumidas de alimentos processados, foi detectado um aumento de 2% no risco de desenvolver câncer. As chances de desenvolver câncer de ovário, por exemplo, cresceram 19% com o consumo dos alimentos ultraprocessados.

“O estudo colabora para as crescentes evidências que os alimentos ultraprocessados impactam negativamente a nossa saúde, o que inclui o risco de câncer. Os altos níveis de consumo de adultos e crianças em países ricos têm implicações importantes”, alertam os pesquisadores.

Vale ressaltar que o que motivou a pesquisa foi a descoberta da ligação entre bebidas com açúcar e o câncer de intestino. Inicialmente, os cientistas descobriram que o consumo exagerado de refrigerantes, sucos industrializados e bebidas esportivas e energéticas dobra o risco de desenvolver a doença antes dos 50 anos.

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