Estamos no Março Azul, mês de conscientização e prevenção do câncer de intestino, também chamado de câncer colorretal ou de cólon e reto. O tumor maligno – que se desenvolve no intestino grosso, ou seja, no cólon ou na porção final, o reto – deve atingir mais de 45 mil pessoas no Brasil em 2024, indicam estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Sem considerar o câncer de pele, de próstata e de mama feminina, o câncer de cólon e reto está entre os tipos de câncer mais frequentes entre homens e mulheres no Brasil.
O médico gastroenterologista Dr. Nelson Carthcart Jr, que é especialista em doenças do estômago e intestino, alerta a importância de não esperar o surgimento dos sintomas para fazer exames que identifiquem a doença – como a colonoscopia.
“Do mesmo jeito que a gente aprendeu com câncer de mama e colo de útero, não devemos esperar sintomas e sim fazer esses exames de rotina, independentemente de qualquer desconforto”, destaca.
Como explica o especialista, o intuito da colonoscopia é fazer a retirada de lesões pequenas, que não dão sintoma nenhum. “A retirada dessas lesões é que impede que o câncer se instale”, alerta o médico.
Quando fazer a colonoscopia
A recomendação da realização da colonoscopia no Brasil é para a população geral, entre os 45 e 50 anos, em ambos os sexos. Em casos específicos, como doenças inflamatórias intestinais e histórico de câncer na família, é necessário realizar o exame antes desta idade.
Além disso, pacientes com sintomas de alarme também devem procurar fazer colonoscopia. Entre os sinais de alerta, o gastroenterologista cita:
- Perda de peso;
- Sangramento ao evacuar;
- Cólica na barriga;
- Mudança persistente no padrão de evacuação;
- Anemia.
No entanto, Nelson reforça a importância de fazer o exame mesmo sem apresentar sintomas. “Afinal, durante a realização é possível verificar se há presença ou não de pólipos (que podem evoluir para um futuro câncer). E caso algum seja encontrado, ele pode ser removido durante o próprio exame”, destaca o médico.
O especialista ressalta ainda que “quando os pacientes são diagnosticados em fases iniciais da doença, existe a possibilidade de mais de 95% de cura”, destaca Nelson Cathcart Jr.
Como prevenir o câncer de intestino
Dentre os principais fatores de risco para o câncer de intestino estão os sedentarismo, obesidade, consumo regular de álcool e tabaco, bem como o baixo consumo de fibras, frutas, vegetais e carnes magras.
Portanto, a prevenção da doença se dá na eliminação desses fatores de risco. Isto é, através da prática de atividades físicas, que ajudam a manter o controle do peso; evitar o tabagismo e o consumo excessivo de carne vermelha, bem como de bebidas alcoólicas; além de comer bastante fibras.
Os tratamentos deste câncer variam de acordo com o estágio da doença. Muitos casos têm solução já na colonoscopia, e em outros é preciso fazer cirurgia e tratamento com radioterapia e quimioterapia. Vale ressaltar que diferente de outros cânceres, neste, mesmo em caso de metástase, ainda há boas chances de cura, destaca o Dr. Nelson Carthcart Jr.