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Hipertrofia do miocárdio: cardiologista explica doença de João Paulo Diniz

O filho de Abilio Diniz sofreu um infarto fulminante. O empresário praticava exercícios regularmente, mas sofria de hipertrofia do miocárdio

Hipertrofia do miocárdio: cardiologista explica doença de João Paulo Diniz
Hipertrofia do miocárdio: cardiologista explica doença de João Paulo Diniz / Reprodução Instagram (@ joaopaulodinizoficial)

João Paulo Diniz, filho de Abilio Diniz, morreu aos 58 anos de idade após sofrer um infarto fulminante. O empresário era um triatleta amador, e começou a passar mal após praticar esportes durante o dia. Seu pai revelou em livro que o filho sofria de hipertrofia do miocárdio congênita, uma condição que causa o aumento do coração. Com o aumento do músculo, as veias coronárias têm mais dificuldade para irrigar o órgão

O Dr. Ausonius Sawczuk, cardiologista do Hospital Albert Sabin, explica que a hipertrofia do miocárdio tem duas causas principais: a congênita, surgida no nascimento, e a adquirida, causada ao longo da vida. João Paulo tinha a forma congênita da doença, o que apresenta um risco maior de arritmia e potencialmente de infarto, como explica o cardiologista. “O paciente tem mais facilidade de ter arritmias malignas e fatais, como também tem um risco aumentado de infarto e de morte”, adverte.

Hipertrofia do miocárdio e exercícios físicos

Já a forma adquirida da doença pode ser causada por enfermidades como a hipertensão arterial, que faz o coração trabalhar sob forte pressão, resultando na hipertrofia ventricular. Ou também pela prática de exercícios extenuantes, chamada pelo especialista de “hipertrofia do atleta” – esses quadros podem reduzir com a ajuda de atividades físicas, mas esse não era o caso de João Paulo Diniz, que tinha contraindicação para praticar exercícios mais intensos. 

O cardiologista explica que, na hipertrofia congênita, a condição não diminui com os exercícios. “Não foi o exercício que o matou, o que vitimou o João Paulo foi uma doença congênita”, atesta. Conforme o Dr. Ausonius, o exercício físico só traz benefícios quando iniciado após uma consulta médica e realizado dentro de uma faixa de treino específica para o biotipo, peso, idade, condição física e cardiovascular do paciente.

“O que a gente vê é que os atletas que têm morte súbita são aqueles que não fazem uma investigação completa antes da realização da atividade física. Eventualmente, devido ao número enorme de pessoas que fazem exercícios, um paciente ou outro pode ter um quadro grave de arritmia independente do cuidado, mas o benefício populacional da atividade física supera e muito esses riscos”, declara o médico.

Importância da avaliação médica

O especialista destaca que todos que desejam praticar algum esporte devem passar por uma avaliação médica prévia, principalmente os atletas amadores e profissionais. “Se você já faz uma atividade física moderada e quer trocar ou acrescentar outro exercício, é preciso fazer uma avaliação com cardiologista”, alerta.

A chave é a prevenção. A consulta regular com o clínico e o cardiologista é indispensável mesmo para aqueles que já praticam atividade física de forma regular. Dependendo da faixa etária, é recomendado fazer a avaliação a cada 2 ou 5 anos, como aponta o cardiologista. 

“É preciso manter este hábito de vida saudável. O exercício físico, tomar sol e a boa alimentação são remédios. E, evidentemente, é preciso abolir o tabagismo e evitar comidas gordurosas, álcool e doces em excesso, e adotar uma vida equilibrada”, finaliza.

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