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Molécula presente no DNA está associada ao câncer de mama

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná descobriram, em 2021, uma molécula associada ao desenvolvimento do câncer de mama

Molécula presente no DNA está associada ao câncer de mama
Molécula presente no DNA está associada ao câncer de mama - Foto: Shutterstock

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) identificaram, no ano passado, uma molécula associada ao desenvolvimento do câncer de mama. Trata-se da Lnc-uc.147, molécula de RNA produzida em uma região pouco conhecida do DNA.

O estudo

O grupo de pesquisadores buscava outras partes do material genético capazes de influenciar o aparecimento dos tumores. A equipe investigou as regiões ultraconservadas (UCRs) que, por não atuarem na produção de proteínas, eram denominadas “DNA lixo” e ficavam fora das análises.

O time verificou que mais da metade dessas moléculas poderia ter relação com pelo menos um parâmetro clínico do câncer de mama, o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras. No grupo analisado, a pesquisadora Érika Pereira Zambalde, líder do estudo, escolheu a molécula de RNA Lnc-uc.147.

De acordo com Érika, as análises da Lnc-uc.147 permitiram verificar que,com a inibição da molécula, as células do câncer retardavam o crescimento. “A molécula tem função no controle da taxa de crescimento e morte das células. Quando ela está em maior quantidade, o câncer do paciente é mais agressivo”, disse a especialista ao site da UFPR.

Novas possibilidades de tratar o câncer de mama

As descobertas sobre a Lnc-uc.147 podem modificar os parâmetros de classificação atuais dos tumores de mama. Casos apontados como de fácil tratamento, por exemplo, podem acabar evoluindo e apresentando complicações, devido à presença dessa molécula no DNA do paciente.

Com o estudo, as pesquisadoras acreditam ser possível usar a Lnc-uc.147, futuramente, como um marcador nos exames de câncer de mama, complementando os métodos já existentes. Assim, os médicos poderiam separar pacientes com tumores mais perigosos dos que apresentam menor agressividade.

Essa descoberta abre novas possibilidades de tratamento para o câncer de mama. Isso porque ajuda a poupar pacientes de procedimentos agressivos que afetam sua qualidade de vida. A escolha do método mais adequado para a pessoa aconteceria no momento do diagnóstico, considerando o novo biomarcador, apontaram os pesquisadores.

Além disso, o desenvolvimento de um medicamento que se ligue à Lnc-uc.147 é outra possibilidade sugerida pela pesquisa. A solução poderia auxiliar na terapia dos pacientes, dependendo do estágio da doença e do tipo de tumor.

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