Popularmente conhecida como “corcunda”, a hipercifose é uma doença óssea causada por um desvio postural. A condição faz com que a pessoa apresente uma curvatura acentuada na região torácica da coluna vertebral. O Dr. Guilherme Rossoni, neurocirurgião especialista no tratamento de doenças da coluna e dor crônica, explica o que é, quais são as principais causas e tratamento para a patologia.
Segundo ele, temos curvas naturais na coluna que ajudam no equilíbrio do peso do nosso corpo: na cervical temos a lordose – que é uma leve curva para trás; na torácica temos a cifose – ligeira curva para frente.
“A hipercifose ocorre quando há um aumento significativo dessa curva natural do ser humano. Uum padrão normal da cifose respeita os limites de 20 a 45 graus, acima de 60 já é considerada hipercifose ou ‘corcunda’, como todos conhecemos”, esclarece o especialista.
Causas da corcunda
A principal causa, e mais comum, da corcunda é a má postura, principalmente entre os adolescentes. Além disso, existem algumas outras causas da hipercifose. Podemos destacar, por exemplo, fatores genéticos. O Dr. Guilherme explica os mais comuns:
- Cifose congênita: má formação desde o útero;
- Doença de Scheuermann: tem um componente hereditário e é mais comum em meninos;
- Pós-traumática: fratura que levou ao achatamento da vértebra;
- Processos degenerativos: como artrose ou osteoporose, por exemplo.
“Pessoas que passam muito tempo no computador, celular e, além disso, tem hábitos posturais inadequados e não possuem o hábito de praticar atividades físicas fazendo com que enfraqueça a musculatura paravertebral, são pessoas com maiores chances de ter hipercifose”, alerta o médico.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é realizado através de exames físicos para avaliar a postura e radiografia panorâmica (ortostática) em pé. Já para o tratamento, geralmente a opção é por terapias convencionais e não invasivas, como fisioterapia para fortalecer os músculos, RPG (Reeducação Postural Global), atividades físicas e pilates. ”Alguns casos necessitam do uso de medicação para dor e, nos mais graves, cirurgia”, finaliza o neurocirurgião.