O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil, entre homens e mulheres. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o câncer de pele não melanoma corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Uma das regiões do corpo mais sensíveis à neoplasia é a pálpebra, por ser fina e também bastante exposta.
A Dra. Fernanda Fayad, oftalmologista do CBV- Hospital de Olhos, explica que os cânceres de pele são lesões malignas que podem se desenvolver em qualquer região do corpo. A causa mais comum relacionada ao surgimento destes tumores é a exposição aos raios ultravioletas do sol.
“Por ser uma área frequentemente exposta, a incidência desta radiação UV é constante na região palpebral, o que a torna muito suscetível ao crescimento de lesões malignas”, afirma a médica.
Para nunca mais se esquecer das pálpebras
Além disso, muitas pessoas se esquecem das pálpebras na hora de passar o protetor solar. “Outras não sabem sequer que deveriam e ainda existem aquelas que, mesmo tendo o conhecimento, não passam o protetor solar na região porque sentem irritação nos olhos com o produto”, aponta Fernanda.
No entanto, é de extrema importância proteger a área dos olhos da radiação UV excessiva. Aliás, não só as pálpebras, mas também os olhos que podem sofrer consequências graves com tal exposição.
A oftalmologista indica o uso de produtos de alta proteção solar desenvolvidos para a área dos olhos, além de óculos de sol com proteção UV, que são grandes aliados na rotina de cuidados da região periocular.
Sinais de lesões cancerígenas na região dos olhos
Conforme a médica, tumores palpebrais podem se manifestar das mais variadas formas, podendo surgir como pequenas verrugas, vermelhidão, inchaço ou dor palpebral, alterações na textura ou cor da pele ou feridas que não cicatrizam. “Qualquer alteração que chame a atenção deve ser avaliada por um médico especialista pois o diagnóstico é essencialmente clínico”, alerta a profissional.
Tratamento
O tratamento de escolha para essas lesões é a remoção cirúrgica, diz a médica. Por isso, um diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura com maior preservação da estética e da função palpebral.
A Dra. Fernanda lembra que as estruturas que compõem as pálpebras são delicadas e complexas, tumores muito avançados podem resultar em cirurgias mutilantes e reconstruções extremamente difíceis.