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Quando o coração perde o ritmo: saiba como o marca-passo atua

Entenda como o coração mantém seu ritmo e quando o marca-passo se torna necessário para que o indivíduo continue sua vida com bem-estar

Veja mais sobre a saúde do coração e como funciona um carca-passo
Veja mais sobre a saúde do coração e como funciona um carca-passo - Foto: Shutterstock

As arritmias cardíacas, alterações que comprometem o ritmo normal do coração, são responsáveis por mais de 300 mil mortes por ano no Brasil. De acordo com o Dr. Alexsandro Fagundes, cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), elas ocorrem quando os impulsos elétricos que controlam os batimentos não funcionam corretamente, fazendo com que o coração bata mais devagar, mais rápido ou de forma irregular.

“O coração pode bater mais devagar (bradicardia), mais rápido (taquicardia) ou de forma irregular, como na fibrilação atrial”, explica o especialista.

Coração lento: entenda a bradicardia

Um coração saudável bate entre 60 e 100 vezes por minuto e bombeia cerca de 5 litros de sangue. Quando a frequência cai abaixo de 60 batimentos, configura-se a bradicardia. Em atletas bem condicionados, isso pode ser apenas uma adaptação natural. Mas em idosos, pessoas sedentárias ou com histórico de doenças cardíacas, pode indicar falha no sistema elétrico do coração.

Entre os sintomas estão falta de ar, tontura, cansaço excessivo, dores no peito, desmaios e até confusão mental, causados pela diminuição do fornecimento de oxigênio e nutrientes ao corpo. As causas variam: envelhecimento natural do coração, sequelas de infartos ou miocardites, alterações hormonais (como no hipotireoidismo), desequilíbrios de eletrólitos e até efeitos de medicamentos, como os betabloqueadores.

Coração acelerado: a taquicardia

Quando o coração ultrapassa 100 batimentos por minuto em repouso, ocorre a taquicardia. Ela pode ser desencadeada por estresse, hipertensão, consumo de álcool, tabaco ou drogas estimulantes, mas também por doenças cardíacas e defeitos congênitos.

O diagnóstico é feito por meio de exames como eletrocardiograma, Holter e testes eletrofisiológicos. O tratamento vai de medidas simples e medicamentos até cardioversão elétrica, ablação por cateter ou implante de marca-passo e desfibrilador.

Fibrilação atrial: a arritmia mais comum

A fibrilação atrial (FA) é a arritmia mais frequente, afetando cerca de 33 milhões de pessoas no mundo e até 5 milhões no Brasil. Ela faz com que o coração bata de forma rápida e desorganizada, reduzindo a eficiência da circulação sanguínea.

O tratamento pode incluir medicamentos para controlar o ritmo e prevenir coágulos, cardioversão elétrica e procedimentos como a ablação por cateter, que cauteriza as células responsáveis pela arritmia.

Marca-passo: como ele atua

Em casos de falhas importantes no sistema elétrico do coração, como pausas superiores a 3 segundos, o marca-passo pode ser necessário para manter o ritmo correto. Este pequeno dispositivo eletrônico, implantado sob a pele, envia impulsos elétricos que corrigem o ritmo, garantindo batimentos regulares.

Nos casos de bradicardia severa, o marca-passo funciona como substituto do nó sinoatrial, o “marcapasso natural” do coração. Já em algumas taquicardias e na fibrilação atrial persistente, ele pode ser associado a desfibriladores internos para corrigir arritmias perigosas de forma imediata.

Prevenção: o caminho mais seguro

Embora idade e genética aumentem o risco, hábitos saudáveis são fundamentais. O Dr. Alexsandro recomenda: manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios, controlar pressão arterial, diabetes e colesterol, não fumar, moderar o consumo de álcool e cuidar da saúde mental.

O acompanhamento com um cardiologista é essencial, especialmente para quem tem histórico familiar de doenças cardíacas. O diagnóstico precoce pode evitar complicações graves e, quando necessário, o marca-passo pode devolver qualidade de vida e segurança a quem sofre com arritmias.

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