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Regra do ABCDE: aprenda a fazer o autoexame para câncer de pele

Técnica do ABCDE pode ajudar a identificar precocemente casos de câncer de pele, o que é imprescindível para o sucesso do tratamento

Regra do ABCDE: aprenda a fazer o autoexame para câncer de pele
Regra do ABCDE: aprenda a fazer o autoexame para câncer de pele - Foto: Shutterstock

Observar a própria pele e estar atento a tudo que ocorre nela não é um traço narcísico, mas uma questão de saúde. Aliás, os médicos dermatologistas recomendam esse cuidado para prevenir o câncer de pele. 

“O autoexame de câncer de pele é extremamente importante, pois somente o paciente sabe quais são as ‘pintas’ que ele já tinha desde a infância ou que surgiram após os anos. Também é o paciente que sabe se as lesões vieram se modificando com o passar do tempo ou se causam dor ou prurido”, destaca a dermatologista Dra. Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Segundo ela, em qualquer época do ano devemos nos examinar. Além disso, é crucial procurar um dermatologista ao primeiro indício de lesão suspeita.

Identificando marcas suspeitas

A médica explica que, geralmente, essas lesões suspeitas são caracterizadas por feridas que não cicatrizam ou “pintas” que aumentam de tamanho, mudam de cor, doem ou coçam. As lesões de pintas também devem obedecer a regra do ABCDE, conforme a médica explica:

  1. Assimetria: não podem ser assimétricas;
  2. Bordas: não podem ter bordas irregulares;
  3. Cores: não podem ser de várias cores;
  4. Diâmetro: não ter diâmetro maior de 1 cm;
  5. Evolução: também não devem evoluir.

Como fazer o autoexame do câncer de pele?

A dermatologista detalha o passo a passo para identificar, por conta própria, lesões suspeitas pelo corpo. Confira:

  1. Examine seu rosto, principalmente o nariz, lábios, boca e orelhas;
  2. Para facilitar o exame do couro cabeludo, separe os fios com um pente ou use o secador para melhor visibilidade. Se houver necessidade, peça ajuda a alguém;
  3. Preste atenção nas mãos, também entre os dedos;
  4. Levante os braços, para olhar as axilas, antebraços, cotovelos, virando dos dois lados, com a ajuda de um espelho de alta qualidade;
  5. Foque no pescoço, peito e tórax. As mulheres também devem levantar os seios para prestar atenção aos sinais onde fica o sutiã. Olhe também a nuca e por trás das orelhas;
  6. De costas para um espelho de corpo inteiro, use outro para olhar com atenção os ombros, as costas, nádegas e pernas;
  7. Sentado(a), olhe a parte interna das coxas, bem como a área genital;
  8. Na mesma posição, olhe os tornozelos, o espaço entre os dedos, bem como a sola dos pés.

Prevenção do câncer de pele

Quanto à prevenção, a dermatologista conta que ela se dá principalmente evitando a exposição solar. Afinal, as principais causas do câncer de pele incluem a exposição ao sol, principalmente entre 10 e 16h, período em que os raios solares UVB são abundantes e incidem perpendicular à pele causando queimadura. Portanto, o ideal é evitar esses horários.

“Hoje sabemos que a queimadura solar é um sinal de predisposição ao câncer de pele. A maior incidência das lesões ocorre nos fototipos mais baixos (1, 2 e 3), que são os fototipos das pessoas mais claras. Os traumas repetidos num local da pele também são causas de câncer de pele”, explica a Dra. Mônica.

Além disso, devemos sempre usar filtros solares com no mínimo FPS 30 para UVB e proteção de 15 para UVA que, apesar de não ser tão responsável pelas formações cancerígenas, envelhece muito a pele por degenerar o colágeno, explica a especialista.

“Outra maneira de evitar lesões cancerígenas de pele é nunca sofrer traumas constantes na mesma região da pele, como armações de óculos que machucam o nariz, puxar pele dos lábios, morder as bochechas etc”, alerta.

Tratamento

Os tratamentos dependem do tamanho da lesão e do tipo de câncer de pele. Quando são menores de 0,5 cm, por exemplo, é possível tratar apenas com aplicação tópica de cremes citostáticos. 

“Na maioria das vezes, preferimos retirar a lesão cirurgicamente para poder enviar a lesão para o exame anatomopatológico e verificarmos se as bordas estão sem comprometimento da lesão. Se as bordas estão livres, na maioria dos casos, o paciente é considerado curado”, diz a especialista. 

No entanto, nos tipos mais malignos, por vezes é necessário  fazer além da excisão, mapeamento para averiguar se não há lesões em outros órgãos e às vezes radioterapia. “Nos últimos anos, temos quimioterapia para lesões tipo melanoma maligno. Mas é importante nunca deixar apenas cauterizar, pois a lesão pode se aprofundar”, finaliza a dermatologista.

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