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Salto alto prejudica as articulações? Um segredo pode ajudar

Ortopedista revela segredo para evitar quaisquer dores provenientes do salto alto – e manter o uso prolongado do calçado

Salto alto prejudica as articulações? Um segredo pode ajudar
Salto alto prejudica as articulações? Um segredo pode ajudar - Foto: Shutterstock

Lindo, mas nem sempre confortável, e muitas vezes inevitável no dia a dia: estamos falando do alto alto. Queridinho por muitos, e evitado ao máximo por outros, o calçado dá outra cara ao visual. Porém, ele pode prejudicar as articulações, e principalmente todo o conjunto de membros inferiores (pés, pernas, joelhos e coxas).

“É importante o paciente entender que ao usar salto ele está impondo a seus membros inferiores uma alteração em sua mecânica habitual de funcionamento”, destaca o Dr. Isaias Chaves, médico ortopedista especialista em joelho e quadril.

Em outras palavras, conforme o médico, a carga realizada no pé durante o caminhar de salto alto se distribui de forma diferente. Isso gera sobrecarga em pontos como calcanhar e a parte da frente dos joelhos, mais exatamente na articulação entre a patela e o fêmur. 

“Essa mudança da forma como o paciente anda pode gerar ao longo do tempo dores na região da patela e nos pés. Além disso, outro problema associado são as dores no calcanhar”, diz o médico.  

Como prevenir as dores provenientes do salto alto

Embora o uso prolongado de salto alto possa levar a dores nos membros inferiores, não existe um tempo limite recomendado para utilizar o calçado. O importante, segundo o ortopedista, é entender que as atividades de fortalecimento e alongamento muscular podem prevenir as dores

“Em casa o paciente pode realizar atividades massageando o calcanhar, alongando a musculatura posterior da perna e coxa. Além disso, o fortalecimento da coxa para melhorar a estabilidade da paleta que é sobrecarregada pelo salto”, ensina o Dr. Isaias. 

Quando o paciente estiver na fase dolorosa, porém, é necessário diversificar os calçados lançando mão de palmilhas acolchoadas para reduzir o impacto no calcanhar (local comum de dor principalmente na primeira pisada ao acordar). “Cuidados por equipe de fisioterapia realizando manipulações em pontos dolorosos são extremamente eficientes”, acrescenta.

Agora, se o paciente nunca teve dores nos joelhos ou pés e esses sintomas surgiram após iniciar uso prolongado de salto, chegou a hora de diversificar o uso do calçado e buscar ajuda. Se o paciente necessita manter o uso do salto, a ajuda de um fisioterapeuta e um educador físico será muito importante para ter condições de usar seu calçado favorito. 

“Eu sempre digo que abandonar algo que você gosta nunca é uma boa opção, o melhor caminho é cuidar antes que os sintomas se agravem e prevenir lesões mesmo mantendo o uso do salto”, reforça o médico.

Isaias enfatiza ainda que o problema não é a sobrecarga que o salto proporciona às articulações, mas sim um corpo que não está preparado para essa carga extra. “Se você quer ou necessita usar salto, entenda que seu corpo precisa estar pronto para esse stress diário. Prevenir é sempre melhor que remediar”, destaca.

Mulheres sofrem naturalmente com mais dores no joelho

Além de constituir o principal público dos saltos altos, as mulheres naturalmente sofrem com mais dores nas articulações inferiores. De acordo com o ortopedista,  a anatomia e biomecânica do corpo feminino tornam a mulher mais propensa a dores nos joelhos. 

“Hábitos femininos de sentar, agachar sempre com os joelhos juntinhos além de uma pelve maior proporcionam uma angulação para o joelho que acaba por forçar a patela”, explica o especialista. 

Além disso, a menor massa muscular e maior elasticidade articular feminina também são fatores que influenciam na maior incidência de dor nos joelhos em mulheres. O salto alto, por fim, muda a forma natural da mulher andar gerando uma sobrecarga na patela – e é essa alteração biomecânica que favorece o surgimento de dores nos joelhos.

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