Durante o outono e o inverno as doenças respiratórias são mais frequentes. Isso porque o clima seco e as baixas temperaturas aumentam a disseminação de vírus no ar, além de prejudicar as vias nasais. E, dentre os sintomas mais comuns, está o nariz entupido.
Quem convive com o problema mesmo em outras estações do ano sabe como ele pode comprometer a qualidade de vida. Por isso, conversamos com a médica otorrinolaringologista Renata Moura, que explica as diferenças entre os medicamentos mais usados para respirar melhor.
Quais os melhores remédios para o nariz entupido?
A primeira dica é sobre o soro fisiológico. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, o soro fisiológico não é um medicamento. Ele é usado para a limpeza e a hidratação do nariz, e pode ser aplicado na forma de jato contínuo, através de uma seringa, ou em uma garrafinha, com um sachê diluído em 240 ml de água.
Segundo a especialista, existem ainda as medicações que são os corticoides nasais – que devem ser usados com orientação médica. Três exemplos são: a budesonida, a fluticasona e a mometasona, que agem para melhorar o processo inflamatório de nossos cornetos nasais. Além disso, tendem a aumentá-los no caso de crises alérgicas e sinusites.
Existem também medicações que, além de terem em sua composição um descongestionante nasal, possuem corticoide e antibiótico. Esses remédios devem ser utilizados em casos específicos, e precisam de receita médica, salienta a otorrino.
E, por fim, existem as medicações que são vasoconstritoras nasais, e que podem apresentar substâncias diferentes, como nafazolina e oximetazolina. “Mas a ação dessas substâncias é a mesma. Elas simplesmente ajudam a diminuir o tamanho do corneto para que a pessoa consiga respirar melhor”, diz Renata.
Alerta sobre as medicações
“E, se você apresenta uma dificuldade crônica de respirar pelo nariz, há chance de se viciar na medicação e sofrer com os efeitos colaterais. É o caso de rinite medicamentosa, taquicardia, aumento da pressão arterial, dor de cabeça, visão turva, entre outros” alerta a Dra. Renata.
A especialista lembra ainda que esses medicamentos devem ter uso restrito e a indicação de um médico.