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Transtorno obsessivo-compulsivo: quais os sintomas do TOC?

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) se caracteriza por rituais e obsessões frequentes, que causam angústia e ansiedade

Transtorno obsessivo-compulsivo: quais são os sintomas do TOC?
Transtorno obsessivo-compulsivo: quais são os sintomas do TOC? - Foto: Shutterstock

O transtorno obsessivo-compulsivo se caracteriza por obsessões, compulsões ou ambas. As obsessões são ideias, imagens ou impulsos recorrentes, persistentes, indesejados, que provocam ansiedade e são intrusivos.

Já as compulsões (também conhecidas como rituais) são determinadas ações ou atos mentais que a pessoa se sente obrigada a praticar. O objetivo é tentar diminuir ou evitar a ansiedade causada pelas obsessões. A maioria dos casos de pensamentos e comportamento obsessivos-compulsivos tem relação com preocupações com danos ou riscos.

O médico Dr. Vital Fernandes Araújo, pós-graduado em psiquiatria, reforça que o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um pouco mais frequente em mulheres que em homens. Além disso, ele e afeta entre 1% e 2% da população.

Em média, o TOC tem início entre os 19 e 20 anos de idade, porém, mais de 25% dos casos começam antes dos 14 anos de idade. Até 30% das pessoas com TOC têm ou já tiveram um transtorno de tique.

“O TOC é diferente dos transtornos psicóticos, que se caracterizam pela perda do contato com a realidade, embora em uma pequena minoria dos casos de TOC a percepção esteja ausente. Ele também é diferente do transtorno de personalidade obsessiva-compulsiva. Apesar disso, pessoas com esses transtornos podem apresentar as mesmas características, como ser metódico, confiável ou perfeccionista”, mencionou.

Obsessões e rituais

“A pessoa com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) tem obsessões. Isto é, pensamentos, imagens ou impulsos que ocorrem frequentemente, mesmo que ela não queira. Essas obsessões surgem mesmo quando a pessoa está pensando e fazendo outras coisas. Além disso, as obsessões normalmente causam grande angústia e ansiedade. As obsessões normalmente envolvem pensamentos de dano, risco ou perigo”, emendou.

Segundo o especialista, a maioria dos rituais, como lavar as mãos com muita frequência ou verificar repetidamente se a porta está trancada, podem ser observados. No entanto, o mesmo não ocorre com outros rituais, como o cálculo repetitivo ou afirmações em voz baixa com a intenção de diminuir algum perigo.

“Os rituais podem ocorrer de forma precisa de acordo com regras rígidas, e podem ou não se conectar com a obsessão. Quando as compulsões estão logicamente conectadas à obsessão (por exemplo, tomar banho para evitar ficar sujo ou verificar o fogão para evitar incêndios), elas são claramente excessivas”, detalha o médico. 

Por exemplo, é possível que a pessoa tome banho durante muitas horas todo dia ou verifique o fogão trinta vezes antes de sair de casa. “Todos os rituais e obsessões exigem tempo. É possível que a pessoa gaste horas todos os dias dedicada a eles. Eles podem causar tanta angústia ou interferir tanto com a capacidade funcional da pessoa que algumas chegam a ficar incapacitadas”, aponta Vital.

Diagnóstico e tratamento do TOC

O médico diagnostica o transtorno quando a pessoa tem obsessões, compulsões ou ambas. O tratamento, por sua vez, pode incluir terapia de exposição (com prevenção de rituais compulsivos) e determinados antidepressivos (inibidores seletivos de recaptação da serotonina ou clomipramina).

“A terapia de exposição e de prevenção de rituais (resposta), um tipo de terapia cognitivo-comportamental, costuma ser eficaz no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo. Ela consiste na exposição gradativa e repetida da pessoa àquilo (situações ou pessoas) que desencadeia obsessões, rituais ou desconforto ao mesmo tempo em que se pede a ela que não realize o ritual compulsivo (terapia de prevenção de ritual)”, detalha o psiquiatra. 

Com isso, o desconforto ou a ansiedade diminuem gradativamente durante a exposição repetida, na medida em que a pessoa passa a reconhecer que a realização de rituais é desnecessária para a redução do desconforto. “A melhora geralmente persiste por anos, provavelmente porque as pessoas que dominam essa abordagem conseguem continuar a praticá-la após o tratamento formal ter sido concluído. A terapia cognitiva costuma ser administrada concomitantemente à terapia de exposição e de prevenção de rituais”, explica.

“Os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (por exemplo, fluoxetina), que são um tipo de antidepressivo, e a clomipramina, que é um tipo de antidepressivo tricíclico, costumam ser eficazes. Muitos especialistas supõem que uma associação entre a terapia de exposição e de prevenção de rituais e a farmacoterapia seja o melhor tratamento”, conclui o especialista.

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