“Virose da mosca” é o nome popular dado à Doença Diarreica Aguda — um grupo de doenças provocadas por vários microrganismos (vírus, bactérias, fungos e parasitas). Durante os períodos de bastante chuva, como o verão, a condição é mais comum, pois o excesso de água contribui para a proliferação das moscas. Elas, por sua vez, hospedam vírus e bactérias facilmente transmitidos ao ser humano por meio de alimentos e utensílios contaminados.
Em janeiro, os casos de infecção pela virose da mosca em Fortaleza dobraram em relação ao mesmo período do ano passado, ultrapassando dois mil casos, o que tem preocupado autoridades. De acordo com o Pós PhD em neurociências e biólogo, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o surto também pode afetar outras regiões do Brasil.
“Durante a época de chuvas, as moscas se proliferam e se dispersam de forma muito mais rápida, o que facilita o surgimento da virose também em outras regiões, até mesmo a água pode causar a contaminação”, alerta o especialista.
Virose da mosca
Ele explica que a mosca, na verdade, não é o transmissor da doença. “Ela apenas transporta os microrganismos causadores da virose para os seres humanos através do seu pouso ou por pôr ovos em determinado local, objeto ou alimento”, esclarece.
A Prefeitura de Fortaleza orientou a população sobre os sintomas de contaminação, que incluem:
- Náuseas;
- Vômitos;
- Diarreias;
- Febre;
- Cólicas abdominais;
- Desidratação (nos casos mais graves).
Segundo o Dr. Fabiano, tomar alguns cuidados básicos pode ajudar a evitar a infecção. “A infecção pela virose da mosca ocorre facilmente, através do consumo de alimentos, uso de utensílios ou com outras superfícies contaminadas. Por isso, a principal forma de prevenção é evitar comer alimentos crus ou mal cozidos, lavar bem os utensílios antes de usá-los, lavar sempre as mãos e manter o lixo sempre tampado”, afirma o biólogo e neurocientista.