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União Europeia veta tipos de tintas de tatuagem; dermatologista comenta

Alguns pigmentos coloridos de tatuagem causam danos à saúde, como alergias, inflamações e câncer. Médica esclarece os riscos

União Europeia veta tipos de tintas de tatuagem; especialista comenta
União Europeia veta tipos de tintas de tatuagem; especialista comenta / Foto: Shutterstock

No início do ano, a União Europeia adotou uma decisão que deu um pouco de dor de cabeça aos tatuadores da região. Isso porque, já há alguns meses, algumas tintas coloridas para tatuagem tiveram seu uso e comercialização restritas.

Em vigor desde 4 de janeiro, a decisão do REACH (Registration, Evaluation and Authorization of Chemicals) restringe pigmentos que contenham em sua composição mercúrio, níquel, cromo, cobalto, metanol, certos corantes vermelhos, laranja, amarelo, violeta e azul.

A justificativa é o cuidado com a saúde e bem-estar da população, já que essas substâncias estariam associadas a alergias, problemas de pele e até mesmo câncer. “A saúde e o bem-estar dos nossos cidadãos são nossa prioridade. A tatuagem é cada vez mais popular na Europa. É por isso que é urgente que regulemos esses produtos químicos agora”, diz trecho de comunicado feito pelo comissário europeu para o meio ambiente, Virginijus Sinkevičius.

Quais os riscos da tatuagem colorida?

A médica cirurgiã especialista em dermatologia e rejuvesnecimento, Dra. Carla Góes, afirma que essa é uma oportunidade para o desenvolvimento de pigmentos mais saudáveis, já que sempre existe o risco de alguma substância lesar nossa saúde. 

Ela explica que a maior preocupação são as nanopartículas que podem penetrar na corrente sanguínea. Tintas com metais pesados (como chumbo, níquel, cádmio e mercúrio) em sua composição apresentam um risco ainda maior. 

O pigmento vermelho, em especial, pode ser bastante perigoso. Ele possui mercúrio, cádmio, ferro e aço em sua composição, e é bastante resistente ao laser que remove tatuagens. “Relatos mostram um maior número de complicações com o uso da pigmentação vermelha. Mas é claro que também existem os solventes utilizados, a qualidade da tinta e o local e profissional”, destaca a médica.

A especialista reforça que é importante saber a origem da tinta, e ter um conhecimento prévio sobre os riscos de alergias, inflamação e infecção por fungos e bactérias. 

Situação no Brasil

Segundo a Dra. Carla, no passado era comum o uso de tintas permanentes e de qualidade duvidosa. No entanto, as tintas usadas hoje no Brasil possuem registro da Anvisa, portanto estão de acordo com normas rígidas de segurança e qualidade. Dessa forma, quem já possui tatuagens coloridas não precisa se preocupar antecipadamente. 

Se houver restrições semelhantes com a da União Europeia em território nacional, a especialista afirma que o correto é esperarmos a regulamentação de novos pigmentos coloridos. Claro, com matérias primas seguras para uso em pele humana. “O detalhe, contudo, é conseguir que tenham a mesma durabilidade [das tintas atuais]”, completa.

A profissional destaca a importância de cuidar das tatuagens já feitas. “O ideal é ficar atento. Usar filtro solar não só no rosto e corpo, mas também na região da tatuagem e manter a hidratação dessa região. Além de evitar exposição solar nessa região sem proteção”, finaliza.

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